Desenho à mão
A seguinte lista apresenta os materiais que tradicionalmente foram utilizados no desenho dito instrumentado (ou seja, o desenho feito à mão com auxílio de instrumentos de desenho). Ressalta-se, porém, que muitos destes materiais estão se tornando raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua informatização.
Prancheta de desenho
Uma mesa, normalmente inclinável, na qual é possível manter pranchas de desenho em formatos grandes (como o A0) e onde se possam instalar réguas T ou paralelas.
Régua T ou Régua paralela
Estas réguas eram instrumentos para traçado de retas parelelas e perpendiculares, a serem usadas juntamente de um par de esquadros.
Par de esquadro
Elementos para auxiliar o traçado de retas em ângulos pré-desenhados, como 30º, 45º, 60º e 90º.
Escalímetro
Um tipo especial de régua, normalmente com seção triangular, com a qual podem ser realizadas medidas em escalas diferentes.
Lapiseiras ou lápis
Adequados às espessuras desejadas.
Canetas nanquim
Tais canetas eram utilizadas na execução dos desenho finais, como aqueles destinados à construção. Exigiam cuidado constante, pois seu entupimento, caso não fossem limpas com freqüência, seria um problema comum.
Mata-gato
Instrumento que auxilia o uso da borracha em locais determinados do desenho. Constitui-se de uma placa perfurada a ser posicionada sobre o setor do desenho a ser corrigido, de forma a que apenas se apague o desejável.
Borracha
Podendo ser a comum ou a elétrica.
Conjunto de normógrafo e réguas caligráficas
Auxiliam a escrita de blocos de texto padronizados e com caligrafia técnica.
Lâmina e borracha de areia
Permitem a correção de desenhos errados efetuados à nanquim sobre papel vegetal.
Gabaritos ou escantilhões
Pequenas placas plásticas ou metálicas que possuem elementos pré-desenhados vazados e auxiliam seu traçado, como instalações sanitárias, circunferências, etc.
Curva francesa
Um tipo especial de gabarito composto apenas por curvas, nos mais variados raios.
O desenho em cada uma das etapas de um projeto
Normalmente a complexidade e quantidade de informações de um desenho variam de acordo com a etapa do projeto. Apesar de existirem etapas intermediárias de projeto, as apresentadas a seguir normalmente são as mais comuns, pelas quais passam praticamente todos os grandes projetos.
Estudo preliminar. O estudo preliminar, que envolve a análise das várias condicionantes do projeto, normalmente materializa-se em uma série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir as regras tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais livre, constituído por um traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores.
Anteprojeto. Nesta etapa, com as várias características do projeto já definidas, (implantação, estrutura, elementos construtivos, organização funcional, partido, etc), o desenho já abrange um nível maior de rigor e detalhamento. No entanto, não costuma ser necessário informar uma quantidade muito grande, nem muito trabalhada, de detalhes da construção. Em um projeto residencial, por exemplo, costuma-se trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200. Nesta etapa ainda são anexadas perspectivas feitas à mão ou produzidas em ambiente gráfico-computacional para permitir melhor compreensão do projeto.
Projeto legal ou Projeto de licenciamento. Corresponde ao conjunto de desenhos que é encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização de edifícios. Por este motivo, possui algumas regras próprias de apresentação, variando de cidade em cidade. Costuma-se trabalhar nas mesmas escalas do anteprojeto.
Projeto executivo ou Projeto de execução. Esta etapa corresponde à confecção dos desenhos que são encaminhados à obra, sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser desenhados todos os detalhes do edifício, com um nível de complexidade adequado à realização da construção. O projeto básico costuma ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim como seu detalhamento é elaborado em escalas como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1.