domingo, 28 de agosto de 2011

Desenho à mão
A seguinte lista apresenta os materiais que tradicionalmente foram utilizados no desenho dito instrumentado (ou seja, o desenho feito à mão com auxílio de instrumentos de desenho). Ressalta-se, porém, que muitos destes materiais estão se tornando raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua informatização.

Prancheta de desenho
Uma mesa, normalmente inclinável, na qual é possível manter pranchas de desenho em formatos grandes (como o A0) e onde se possam instalar réguas T ou paralelas.

Régua T ou Régua paralela
Estas réguas eram instrumentos para traçado de retas parelelas e perpendiculares, a serem usadas juntamente de um par de esquadros.

Par de esquadro
Elementos para auxiliar o traçado de retas em ângulos pré-desenhados, como 30º, 45º, 60º e 90º.

Escalímetro
Um tipo especial de régua, normalmente com seção triangular, com a qual podem ser realizadas medidas em escalas diferentes.

Lapiseiras ou lápis
Adequados às espessuras desejadas.

Canetas nanquim
Tais canetas eram utilizadas na execução dos desenho finais, como aqueles destinados à construção. Exigiam cuidado constante, pois seu entupimento, caso não fossem limpas com freqüência, seria um problema comum.

Mata-gato
Instrumento que auxilia o uso da borracha em locais determinados do desenho. Constitui-se de uma placa perfurada a ser posicionada sobre o setor do desenho a ser corrigido, de forma a que apenas se apague o desejável.

Borracha
Podendo ser a comum ou a elétrica.

Conjunto de normógrafo e réguas caligráficas
Auxiliam a escrita de blocos de texto padronizados e com caligrafia técnica.

Lâmina e borracha de areia
Permitem a correção de desenhos errados efetuados à nanquim sobre papel vegetal.

Gabaritos ou escantilhões
Pequenas placas plásticas ou metálicas que possuem elementos pré-desenhados vazados e auxiliam seu traçado, como instalações sanitárias, circunferências, etc.

Curva francesa
Um tipo especial de gabarito composto apenas por curvas, nos mais variados raios.

O desenho em cada uma das etapas de um projeto
Normalmente a complexidade e quantidade de informações de um desenho variam de acordo com a etapa do projeto. Apesar de existirem etapas intermediárias de projeto, as apresentadas a seguir normalmente são as mais comuns, pelas quais passam praticamente todos os grandes projetos.

Estudo preliminar. O estudo preliminar, que envolve a análise das várias condicionantes do projeto, normalmente materializa-se em uma série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir as regras tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais livre, constituído por um traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores.

Anteprojeto. Nesta etapa, com as várias características do projeto já definidas, (implantação, estrutura, elementos construtivos, organização funcional, partido, etc), o desenho já abrange um nível maior de rigor e detalhamento. No entanto, não costuma ser necessário informar uma quantidade muito grande, nem muito trabalhada, de detalhes da construção. Em um projeto residencial, por exemplo, costuma-se trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200. Nesta etapa ainda são anexadas perspectivas feitas à mão ou produzidas em ambiente gráfico-computacional para permitir melhor compreensão do projeto.

Projeto legal ou Projeto de licenciamento. Corresponde ao conjunto de desenhos que é encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização de edifícios. Por este motivo, possui algumas regras próprias de apresentação, variando de cidade em cidade. Costuma-se trabalhar nas mesmas escalas do anteprojeto.

Projeto executivo ou Projeto de execução. Esta etapa corresponde à confecção dos desenhos que são encaminhados à obra, sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser desenhados todos os detalhes do edifício, com um nível de complexidade adequado à realização da construção. O projeto básico costuma ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim como seu detalhamento é elaborado em escalas como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1.

Desenho arquitetônico

O desenho arquitetônico é, em um sentido estrito, uma especialização do desenho técnico normatizado voltada à execução e a representação de projetos de arquitetura. Em uma perspectiva mais ampla, porém, o desenho de arquitetura poderia ser encarado como todo o conjunto de registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros profissionais durante ou não o processo de projeto arquitetônico. O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Desta forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento, seja por parte do desenhista ou do leitor do desenho. Por este motivo, este tipo de desenho costuma ser uma disciplina importante nos primeiros anos das faculdades de arquitetura. O desenho arquitetônico também costuma se constituir em uma profissão própria: os desenhistas técnicos (ou a sua versão atual, representada pelos cadistas - ou manipuladores do softwares CAD) são comuns nos escritórios de projeto.
A normatização hoje está mais avançada e completa, embora o desenho arquitetônico tenha passado a ser executado predominantemente em ambiente CAD (ou seja, em formato digital). Por outro lado, para grande parte dos profissionais, o desenho à mão ainda é a génese e o principal meio para a elaboração de um projeto.

Normalização
A representação gráfica do desenho em si corresponde a um conjunto de normas internacionais (sob a supervisão da ISO). Porém, geralmente, cada país costuma possuir suas próprias versões das normas, adaptadas por diversos motivos.
No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais:
NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura
NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico

Cabe notar, no entanto, que se por um lado recomenda-se a adequação a tais normas quando da apresentação de desenhos para fins de execução de obras ou em situações oficiais (como quando os profissionais enviam seus projetos à aprovação em prefeituras), por outro lado admite-se algum nível de liberdade em relação a elas em outros contextos. Durante o processo de elaboração e evolução do projeto, por exemplo, normalmente os arquitetos utilizam-se de métodos de desenho próprios apropriados às suas necessidades momentâneas, os quais eventualmente se afastam das determinações das normas. Esta liberdade se dá pela necessidade de elaborar desenhos, que exijam uma facilidade de leitura maior por parte de leigos ou para se adequarem a diferentes publicações, por exemplo.

Elementos do desenho
Para que a (futura) realidade do projeto seja bem representada, faz-se uso dos diversos instrumentos disponíveis no desenho tradicional, na geometria euclidiana e na geometria descritiva. Basicamente, o desenho arquitetônico manifesta-se principalmente através de linhas e superfícies preenchidas (tramas).
Costuma-se diferenciar no desenho duas entidades: uma é o próprio desenho (o objeto representado, um edifício, por exemplo) e o outro é o conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam.
As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas, os cortes e secções e as elevações (ou alçados).

Traços
Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir constraste umas com as outras.

Espessura dos traços

Pesos e categorias de linhas
Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro espessuras de pena:
Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção, etc.
Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista.
Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se encontram imediatamente a frente da linha de corte.
Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também elementos em corte, como a pena anterior).

Tipos de traços
Quanto ao tipo de traços, é possível classificá-los em:
Traço contínuo. São as linhas comuns.
Traço interrompido. Representa um elemento de desenho "invisível" (ou seja, que esteja além do plano de corte).
Traço-ponto. Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de corte.

Tramas
Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem delimitados com um traço de espessura maior no desenho. Além do traço mais grosso, esses elementos podem estar preenchidos por um tracejado ou trama. Cada material é representado com uma trama diferente.

Folhas
Normalmente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite. Anteriormente à popularização do CAD, normalmente desenvolvia-se os desenhos em papel manteigaou vegetal de esquiço (desenhados a grafite) e eles eram arte-finalizados em papel vegetal (desenhados a nanquim ou tinta da China).

Tamanho das folhas
Tamanhos de folhas (mm)
A4 210 X 297
A3 297 X 420
A2 420 X 594
A1 594 X 841
A0 841 X 1189
As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões seguem uma proporção equivalente a raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2A0 corresponde ao dobro daquela.
A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os formatos menores em geral são destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização incentivar o uso das folhas padronizadas, é muito comum que os desenhistas considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isto costuma se dever ao fato de que qualquer folha obtida a partir desde móculo pode ser dobrada e encaixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos de aprovação de projetos.

Materiais de desenho
Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de materiais que tradicionalmente se usava para executar desenhos de arquitetura tem se tornado cada dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto, ainda são eventualmente usados para verificar algum problema com os desenhos impressos, ou no processo de treinamento de futuros desenhistas técnicos. Após a impressão de pranchas produzidas em CAD, ainda está em uso o escalímetro, que é uma multi-régua com 6 escalas, que serve para conferir medidas, se o desenho foi impresso na escala 1/50 utiliza-se a mesma escala em uma de suas bordas visíveis.

CAD
A execução de desenhos de arquitetura no computador em geral exige a operação programas gráficos do tipo CAD que normalmente demandam um hardware robusto e de alta capacidade de processamento, e memória. Atualmente, o principal programa para lidar com estes tipos de desenho é o AutoCad, um software produzido pela empresa americana Autodesk. O formato em que nativamente grava seus arquivos, o .dwg, é considerado o padrão "de facto" no mercado da construção civil para troca de informações de projeto.
Existem, no entanto, diversos outros softwares de CAD para arquitetura. A maioria deles nem sempre é capaz de ler e escrever arquivos no formato .dwg, embora muitos utilizem-se do alternativo formato .dxf. Além de programas CAD destinados ao desenho técnico de uma forma geral, como o AutoCAD e o Microstation, também existem softwares designados especificamente para o trabalho de projeto arquitetônico, como o ArchiCAD, o ArchiStation, o VectorWorks, o Revit, entre outros, com os quais é possível visualizar o modelo arquitetônico em suas várias etapas de projeto, mais do que meramente representá-lo na forma de desenho técnico.
Representação gráfica de arquitetura
A-1 Linhas de representação
A-1.1 Manual e por instrumentos
A-1.1.1 Linhas de contorno - Contínuas
A espessura varia com a escala e a natureza do desenho, conforme exemplo:
A-1.1.2 Linhas internas - Contínuas
Firmes, porém de menor valor que as linhas de contorno, conforme exemplo:
A-1.1.3 Linhas situadas além do plano do desenho - Tracejadas
Mesmo valor que as linhas de eixo, conforme exemplo:
A-1.1.4 Linhas de projeção - Traço e dois pontos
Quando se tratar de projeções importantes, devem ter o mesmo valor que as linhas de contorno. São indicadas para representar projeções de pavimentos superiores, marquises, balanços, etc., conforme exemplo:
........................
A-1.1.5 Linhas de eixo ou coordenadas - Traço e ponto
Firmes, definidas, com espessura inferior às linhas internas e com traços longos, conforme exemplo:
..
A-1.1.6 Linhas de cotas - Contínuas
Firmes, definidas, com espessura igual ou inferior à linha de eixo ou coordenadas, conforme exemplo:
A-1.1.7 Linhas auxiliares - Contínuas
Para construção de desenhos, guia de letras e números, com traço; o mais leve possível, conforme exemplo:
A-1.1.8 Linhas de indicação e chamadas - Contínuas
Mesmo valor que as linhas de eixo, conforme exemplo:
(± 0,6 mm)
(± 0,4 mm)
(± 0,2 mm)
(± 0,2 mm)
(± 0,2 mm)
(± 0,2 mm)
(± 0,1 mm)
(± 0,2 mm)
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A-1.1.9 Linha de silhueta
Mesmo valor que as linhas de eixo, conforme exemplos:
A-1.1.10 Linha de interrupção de desenho
Mesmo valor que as linhas de eixo, conforme exemplo:
A-2 Tipos de letras e números A-2.1 Manual A-2.1.1 Letras Sempre maiúsculas e não inclinadas, conforme exemplo:
A-2.1.2 Números
Não inclinados, conforme exemplo:
Notas: a) A dimensão das entrelinhas não deve ser inferior a 2 mm. b) As letras e cifras das coordenadas devem ter altura de 3 mm.
A-2.2 Por instrumento A-2.2.1 Letras, conforme exemplo:
(± 0,2 mm)
(2,0 mm - Régua (2,5 mm - Régua 100 CL - Pena 0,3 mm) (3,5 mm - Régua 140 CL - Pena 0,4 mm) (4,5 mm - Régua 175 CL - Pena 0,8 mm)
80 CL - Pena 0,2 mm)
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A-2.2.2 Números, conforme exemplo:
A-3 Escalas
A-3.1 - Escalas mais usuais
(2,0 mm - Régua 80 CL - Pena 0,2 mm) (2,5 mm - Régua 100 CL - Pena 0,3 mm) (3,5 mm - Régua 140 CL - Pena 0,4 mm) (4,5 mm - Régua 175 CL - Pena 0,8 mm)
1/2; 1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/75; 1/100; 1/200; 1/250 e 1/500.
Nota: Na escolha da escala, deve-se sempre ter em mente a fu- tura redução do desenho.
A-3.2 Escala gráfica
A escala gráfica deve ser de acordo com a escala do de- senho.
A-3.2.1 Desenho a grafite, conforme exemplo:
A-3.2.2 Desenho a tinta, conforme exemplo:
A-4 Norte A-4.1 Desenho a grafite, conforme exemplos:
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A-4.2 Desenho a tinta, conforme exemplos:
Onde:
N - Norte verdadeiro
NM - Nortemagnético-podeserutilizadosomentenafasedeestudospreliminares
NP - Indicação da posição relativa entre os vários desenhos constituintes do projeto. Esta indicação é opcional e deve ser acompanhada da indicação do norte verdadeiro.
A-5 Indicação de chamadas A-5.1 Desenho a grafite, conforme exemplo:
A-5.2 Desenho a tinta, conforme exemplo:
A-6 Indicação gráfica dos acessos A-6.1 Desenho a grafite, conforme exemplo:
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A-6.2 Desenho a tinta, conforme exemplo:
A-7 Indicação de sentido ascendente nas escadas e rampas
A-7.1 Desenho a grafite, conforme exemplos:
A-7.2 Desenho a tinta, conforme exemplos:
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A-8 Indicação de inclinação de telhados, caimentos, pisos, etc.:
A-9 Cotas
A-9.1 Generalidades
As cotas devem ser indicadas em metro (m) para as di- mensões iguais e superiores a 1 m e em centímetro (cm) para as dimensões inferiores a 1 m, e os milímetros (mm) devem ser indicados como se fossem expoentes, confor- me os exemplos de A-9.1.1 e A-9.1.2. As cotas devem, ainda, atender às seguintes prescrições:
a) as linhas de cota devem estar sempre fora do de- senho, salvo em casos de impossibilidade;
A-9.1.2 Desenho a tinta, conforme exemplo:
A-9.2 Dimensão dos vãos de portas e janelas
A cota é indicada no vão acabado pronto para receber as esquadrias, conforme exemplo:
b) as linhas de chamada devem parar de 2 mm a 3mm do ponto dimensionado;
c) as cifras devem ter 3 mm de altura, e o espaço en- tre elas e a linha de cota deve ser de 1,5 mm;
d) quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocar a cota ao lado, indicando seu local exato com uma linha;
e) nos cortes, somente marcar cotas verticais;
f) evitar a duplicação de cotas. A-9.1.1 Desenho a grafite, conforme exemplo:
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A-10 Cotas de nível A-10.1 As cotas de nível são sempre em metro. A-10.2 Indicar:
a) N.A. - Nível acabado;
b) N.O. - Nível em osso.
A-10.3 As cotas de nível têm duas representações, como as indicadas a seguir:
A-10.3.1 Desenho a grafite, conforme exemplos:
A-10.3.2 Desenho a tinta, conforme exemplos:
A-11 Marcação de coordenadas
Nota: A marcação de coordenadas indica o eixo de estrutura ou modulação especial.
A-11.1 Utilizar sempre numeração 1, 2, 3, etc. nos eixos verticais do projeto e o alfabeto A, B, C nos eixos horizon- tais do projeto.
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A-11.1.1 Desenho a grafite, conforme exemplo:
A-11.1.2 Desenho a tinta, conforme exemplo:
A-12 Marcação dos cortes gerais
A-12.1 A marcação da linha de corte deve ser suficiente- mente forte e clara para evitar dúvidas e mostrar imedia- tamente onde ele se encontra.
Nota: Quando o desenho indicado estiver na mesma folha, dei- xar em branco o local designado para o número da folha.
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A-12.1.1 Desenho a grafite, conforme exemplo:
A-12.1.2 Desenho a tinta, conforme exemplo:
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A-13 Marcação de detalhes A-13.1 Ampliação e detalhes A-13.1.1 Desenho a grafite, conforme exemplos:
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A-13.1.2 Desenho a tinta, conforme exemplos:
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A-14 Numeração e títulos dos desenhos A-14.1 Em cada folha, os desenhos, sem exceção, devem
ser numerados a partir do no 1 até “n”. A-14.1.1 Desenho a grafite, conforme exemplo:
A-14.1.2 Desenho a tinta, conforme exemplo:
A-15 Indicação das fachadas e elevações A-15.1 As elevações devem ser indicadas nas plantas, em
escalas convenientes. A-15.1.1 Desenho a grafite, conforme exemplo:
A-15.1.2 Desenho a tinta, conforme exemplo:
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A-16 Designação das portas e esquadrias A-16.1 Utilizar para portas P1, P2, P3 e Pn e para janelas
J1, J2, J3 e Jn. A-16.1.1 Desenho a grafite, conforme exemplos:
A-16.1.2 Desenho a tinta, conforme exemplos:
A-17 Designação dos locais para referência na tabela geral de acabamentos
A-17.1 Todos os compartimentos devem ser identificados nas plantas gerais pelo nome correspondente e, quando necessário, por um número de referência.
A-17.1.1 Desenho a grafite, conforme exemplo:
A-17.1.2 Desenho a tinta, conforme exemplo:
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A-18 Quadro geral dos acabamentos (facultativo)
Os acabamentos devem ser indicados num quadro geral conforme o modelo indicado a seguir:
A-19 Quadro geral de áreas (facultativo)
Pode constar no projeto ou em folha à parte.
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A-20 Representação dos materiais mais usados
Os materiais mais usados devem ter sua convenção representada, conforme exemplos:
Concreto em vista
Concreto em corte
Mármore/granito em vista
Madeira em vista
Madeira em corte
Compensado de madeira
Aço em corte
Isolamento térmico
Alvenaria em corte (dependendo da escala e do tipo de projeto, pode ser utilizada hachura ou pintura)
Argamassa
Talude em vista
Enchimento de piso
Aterro
Borracha, vinil, neoprene, mastique, etc.
Mármore/granito em corte
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A-21 Quadro geral de esquadrias
Os elementos das portas devem estar especificados num quadro geral, conforme exemplos:
Nota: As escalas a serem utilizadas devem possibilitar a perfeita compreensão dos detalhes.
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A-22 Quadro geral de esquadrias
Os elementos das esquadrias devem estar especificados num quadro geral, conforme exemplos:

Arquitetura e Urbanismo

Arquitetura e Urbanismo? O que é isso?

É a arte de projetar e organizar espaços internos e externos, de acordo com critérios de estética, conforto e funcionalidade. O arquiteto projeta e coordena a construção ou a reforma de prédios. Ele faz a planta e determina os materiais que serão utilizados na obra, levando em consideração o uso do imóvel, a disposição dos objetos, a ventilação e a iluminação. Ao lado do engenheiro, acompanha a construção e gerencia os custos e a mão de obra. Atua nas etapas finais da obra, que vão desde a escolha dos revestimentos até a decoração de interiores. Como urbanista, planeja o crescimento de cidades e bairros. Também desenha objetos, elabora placas de sinalização e logotipos.

Qual a diferença entre arquitetura e urbanismo e engenharia civil?
As duas profissões intervêm no meio ambiente por meio de construções. O arquiteto projeta e organiza espaços internos e externos de acordo com critérios de estética, conforto e funcionalidade. Já o engenheiro civil projeta e executa obras. Ambos atuam na construção de edifícios (comerciais e residenciais etc.), mas o arquiteto tem exclusividade para trabalhos relativos a planejamento urbano e regional, monumentos e patrimônio cultural, enquanto o engenheiro o tem para obras relacionadas à infraestrutura (estradas, pontes, portos etc.).

O mercado de trabalho
Os próximos grandes eventos que o Brasil receberá - a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 - ajudam a manter aquecido o mercado imobiliário nacional, e aumentam a procura por arquitetos, em especial nas cidades sede do campeonato mundial, e no Rio de Janeiro, onde se realizará a Olimpíada. Os profissionais são contratados por grandes escritórios de arquitetura para atuar no projeto e construção de edifícios e reformas de prédios comerciais e residenciais. "Também as obras realizadas pelo Estado estão crescendo. Há muitas escolas sendo construídas, prédios de serviços públicos, obras da Petrobras, Prodesp, em que o profissional pode apresentar seu projeto e concorrer", afirma o professor Francisco Segnini Junior, coordenador do curso da USP. Além disso, as obras de infraestrutura, como rodovias, pontes e portos, geram oportunidades para o especialista em projetos, urbanismo e paisagismo nas grandes construtoras e incorporadoras, como Odebrecht e Camargo Corrêa. Para o profissional autônomo, as melhores chances estão em projetos para residências. Esse mercado vem crescendo muito, porque os proprietários entendem que o planejamento adequado na construção valoriza o imóvel. A maior parte das vagas está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, porém o Nordeste vem acenando com boas perspectivas.

O curso
O currículo mescla disciplinas das Ciências Humanas e de Exatas, como matemática, história da arte, resistência de materiais e computação gráfica. O primeiro semestre é bastante teórico, mas, já a partir do segundo, há maior carga de aulas práticas. A criatividade é fundamental na hora de o estudante fazer os esboços, mas é preciso estar pronto para mergulhar nos cálculos. Estágio e trabalho de conclusão de cursos são obrigatórios.

O que você pode fazer:
- Arquitetura de interiores
Organizar o espaço interno, definindo os materiais de acabamento e a distribuição de móveis, considerando a acústica, a ventilação, a iluminação e a estética.
- Arquitetura industrial
Planejar projetos para instalação de indústrias, respeitando as normas e os padrões de técnicos e de segurança exigidos de acordo com a área de atuação do cliente.
- Arquitetura verde
Desenvolver projetos residenciais e comerciais que respeitem o meio ambiente e que se integrem com as características naturais do local, a fim de causar o menor impacto ambiental possível.
- Comunicação visual
Criar a identidade visual de empresas e produtos, com logotipos e material impresso ou digital.
- Paisagismo e ambiente
Desenvolver espaços abertos, como jardins, parques e praças, combinando plantas, pedras, madeiras, calçamento e iluminação
- Edificação e construção
Projetar, acompanhar e coordenar obras, definindo materiais e controlando prazos e custos.
- Luminotécnica
Fazer o projeto de iluminação de grandes e pequenos espaços. Realizar a iluminação de eventos.
- Restauro de edifícios
Recuperar casas e prédios antigos ou deteriorados, mantendo as características originais.
- Urbanismo
Planejar uma região, cidade ou bairro, elaborando o plano diretor e o zoneamento que vão direcionar o crescimento.